Minas Gerais já acumula R$ 146 bilhões em tributos pagos neste ano, o equivalente a 7% do total arrecadado no país, conforme dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. A capital mineira, Belo Horizonte, lidera os números estaduais, com R$ 3,2 bilhões recolhidos só no primeiro semestre. No cenário nacional, a estimativa é que a arrecadação ultrapasse a marca de R$ 2 trilhões nos próximos dias.

Ao mesmo tempo, os gastos públicos federais já superam R$ 2,6 trilhões, acendendo o alerta para o déficit nas contas públicas.

Durante entrevista concedida à Rádio 98 News nesta quarta-feira (2/7), o advogado tributarista Antônio Carlos Castro apontou que a elevação na carga tributária tem origem em múltiplos fatores, entre eles a valorização da atividade econômica, a desvalorização da moeda nacional e também a criação de novos tributos.

O especialista também destacou a influência política no quadro tributário do estado:

“É importante olhar além do cenário econômico. Quem define os tributos e suas alíquotas são os parlamentos, tanto a Assembleia Legislativa de Minas quanto o Congresso Nacional. Portanto, é um processo que passa essencialmente pela política”, afirmou Castro.

Já em relação à Reforma Tributária, que será implantada gradualmente entre 2026 e 2032, prefeitos mineiros têm demonstrado preocupação com possíveis reduções na arrecadação dos municípios. Porém, o advogado diverge dessa leitura:

“É correta a avaliação de que a arrecadação estará mais concentrada na União. No entanto, não há garantia de que os municípios perderão receita. O que ocorrerá é uma redistribuição, e a Emenda Constitucional 132 prevê mecanismos de compensação, baseados no histórico de arrecadação de cada cidade.”

📻 Fonte: Rádio 98 News
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